Luanda - O bispo da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, Afonso Nunes, afirmou hoje, sábado, que a mensagem do profeta Simão Gonçalves Toco sobre a necessidade
dos africanos lutarem pela sua independência, apesar de ter um pendor social, também teve uma componente política.
O líder religioso fez este pronunciamento quando dissertava o tema "A visão social do profeta Simão Gonçalves Toco", inserido nas jornadas alusivas ao 95º aniversário do nascimento do profeta
Simão Toco, que se assinala a 24 do corrente mês.
"Devido a visão do profeta Simão Toco, segundo a qual o povo deveria viver bem, fez com que os seus seguidores fossem perseguidos pelas autoridades coloniais portuguesas, luta essa que continua a
ser levada a cabo pelos fiéis da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo", sublinhou.
De acordo com o bispo Afonso Nunes, estas jornadas visam essencialmente analisar as várias facetas da vida de Simão Gonçalves Toco, como personalidade rara contribuindo para a divulgação da sua
trajectória, assim como o de despertar as consciências ainda adormecidas.
Ao falar sobre a irmandade espiritual como factor de coesão e unidade das famílias, o líder religioso referiu que prosperidade sem fraternidade é igual a ódio, inveja, guerras e outros males.
Realçou que por falta de irmandade se assiste hoje em dia filhos a abandonarem os seus pais, levando-os para os lares, esquecendo-se de quem os gerou.
Advogou a necessidade de se formar o homem no seu todo no espírito de irmandade, criticando à busca desenfreada de prosperidade a todo o custo e a troco da sua dignidade.
Na óptica do bispo Afonso Nunes, a igreja deve jogar um papel de educador da sociedade, inculcando nos seus fiéis as mensagens de fraternidade e de amor ao próximo.
Esta jornada tem o seu término no dia 24, com um culto de acção de graças alusivo ao 95º aniversário do profeta Simão Gonçalves Toco.
Angop