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Debatida influência da cultura bantu em Cuba

 

Uíge - A influência da cultura bantu em Cuba foi um dos temas abordados nas 3ªs jornadas de reflexão sobre a África, que decorre de sexta-feira a domingo próximo, no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED), sob o tema África, "Desafios Cultura de Paz e Desenvolvimento".

 

Ao dissertar sobre o tema, enquadrada nas festividades do dia de África, assinalado a 25 de Maio, a professora auxiliar de Matemática no ISCED de nacionalidade Cubana, Rosana Belett Guilarte, definiu a cultura como um conjunto de todas as formas, modelos ou padrões explícitos ou implícitos, através dos quais uma sociedade regula o comportamento das pessoas que a conformam.

 

Disse incluir costumes, práticas, códigos, normas e regras da maneira de ser, vestir, religião, rituais, normas de comportamento e sistemas de crenças.

 

Como referiu, segundo o critério de especialistas no tema como Miguel Barnet, Jesus  Guanche,  María Elena Vinuesa,  Argeliers León, entre outros, a cultura é uma das manifestações africanas de maior presença em Cuba, espalhadas nas distintas regionais do país pela força de trabalho escrava.

 

Segundo sublinhou a prelectora, entende-se por Bantu como os povos que habitam o extenso território do continente africano, compreendido entre o extremo sudoriental da Nigéria e o Camarões, na costa da África Ocidental; Quénia, na costa do Oceano Índico, África Oriental, Namíbia e África do Sul, no extremo sul do continente.

 

Rosana Belette Guilarte avançou que o termo Congo não se utilizou em Cuba somente para denominar aos escravos chegados a Cuba do povo Congo ou bakongo como também para designar os provenientes da desembocadura do Rio Congo ou Zaire.

 

 A professora explicou que nos séculos posteriores ao XVI com o auge económico da Ilha de Cuba aumentou a população africana, sobretudo no século XVIII dado a necessidade de aprovisionar a maior quantidade de mão-de-obra, em plantações como do açúcar.

 

Avançou que a influência bantu é ainda notável na música e dança, identificando-se claramente o canto ou de toque claramente como yuka, makuta, kinfuiti, entre outros.

 

As terceiras jornadas de reflexão abertas pelo director geral da instituição vão analisar, entre outros temas, o"desafio do jovem africano para o desenvolvimento do continente”, “a influência da cultura bantu em Cuba”, e “a negritude, contributo para o resgate da identidade cultural em África”.

 

“O combate à pobreza, um contributo para a estabilidade social das famílias”, “a mulher na educação e promoção da saúde”, “línguas africanas e cultura de paz, reflexão sobre a dimensão linguística da paz em Angola”, “psicologia e personalidade do homo-nacinalicus-uma nova perspectiva educativa para a cultura de paz e fraternidade humana”, “Porque uma cultura de paz pela esta África”, “o cinquentenário da OUA”, “a educação para paz, uma condição para o desenvolvimento da sociedade Angolana” e “ superação do ser violento”, são outros dos temas do evento.

 

Participam das jornadas professores, catedráticos de Angola, RDC e Cuba, estudantes entre outros.

 

 

 

                                                                                                                                             Via Angop

 

 

 


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