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“O PODER POLÍTICO MBÛNDU” em Junho

“O PODER POLÍTICO MBÛNDU” em Junho

Nota da imprensa

O livro intitulado “O Poder Político Mbûndu” de 112 páginas e com uma tiragem de 3000 exemplares na primeira edição, pela Editora SADI, é da autoria de Patrício Batsîkama que pensa lançar em Luanda no início de Junho do corrente ano. Em entrevista ao nosso Jornal, o autor avançou: “trata-se de uma pesquisa que foi publicada como artigo científico. Mas tendo em conta o número elevado dos pedidos dos angolanos para ler o texto, e graças ao BPC que patrocinou em exclusivo, o livro chegará ao público angolano a um preço da Igreja”.

Concebido em quatro capítulos, o autor abordar no primeiro capítulo as questões relacionadas com o “nascimento da sociedade” na sociedade mbûndu, que o autor faz uma apreciação antropológica e histórica, desde as longínquas origens dos Mbûndu até os nossos dias.

No segundo capítulo, o autor procura relacionar a condição do espaço social do indivíduo e o espaço sistémico do poder para identificar os paradigmas definicionais e os conceitos do poder entre os Mbûmbu (Ambûndu).

No terceiro capítulo, o autor fez uma recolha de 306 indivíduos se identificando como Mbûndu, com os quais procurou saber os parâmetros do poder – tal como estes o entendem nos dias de hoje – e reconstruir a estrutura nocional do poder (político) entre os Mbûndu. Com essa amostra, Patrício Batsîkama estabelecer as categorias nocionais do Poder Político entre os Mbûndu.

No quarto capítulo, o autor abre uma discussão sobre a democracia em Angola, partindo da retórica que leva esse conceito comparando com a realidade angolana. O autor vai mais além, falando das autarquias – partindo da aldeia Santa Maria, Quinguelegi e o município de Kunda dya Mbaze – num debate metodológico, aconselhando que os académicos assumissem prévias discussões para auxiliar os políticos.

Na sua conclusão, o autor avança que “Os Mbûndu consideram utu, todo o Ser Social educado. Desde muito cedo, este adquire os wujiya (conhecimento/profissão) e jisabu (sabedoria/usos e costumes). Na adolescência, os Mbûndu tornam-se sujeitos normativos que tornam funcional o sistema político no espaço cultural que os viu nascer e crescer. Nesta fase da vida, já são detentores de uma capacidade de entendimento da realidade, além de serem uma garantia para a observação das normas para o poder político: são seres livres e possuem capitais básicos para prosperarem (cidadania)”.

De acordo com o autor, “Não faria sentido as autarquias aplicarem, aos sujeitos normativos, os princípios pelos quais estes se devem reger, se estes não os entendessem. Os políticos querem que a máquina da democracia funcione, por isso, nos propusemos lançar este texto/debate aos académicos para que se possam estudar as condições do bom funcionamento das autarquias em Angola”.

Patrício Batsîkama é Doutorado em Antropologia política e autor de mais de 14 obras de caril científico e cerca de 17 artigos publicados nos artigos publicados nas revistas científicas internacionais. O autor lecciona a História das Artes em África na Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto. É membro da Comissão Directiva da UNAP, ocupando as funções de Secretário para Formação e Superação.

Editora SADI

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