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COLORISMO RACIAL

COLORISMO RACIAL

Colorismo Racial ; Um Tema muito pertinente, capaz de provocar discussões "debates", agradáveis e desagradáveis. Espero muito sinceramente que o caríssimo leitor antes de fazer quaisquer comentário, que análise e pense de forma cosmologica, sem fanatismo ou Vitimização.

Segundo Bianca Gonçalves em uma de suas manifestações, dizia o seguinte : O Homem ou A Mulher Negra Ao longo de nossas vivências, habituaram-se a acreditar que a sociedade multi-racial se constituíram pela mistura harmoniosa de raças, dos Europeus, indígenas, Áfrikanos etc. Os mesmos Confirmaram uma mistura, étnica e cultural, que deu origem ao mestiço ou, ainda, à identidade Brasileira, Americana etc, ou melhor, as sociedades Multi-Raciais . Dessa forma, minando o reconhecimento das diferenças, fundou-se o mito da democracia racial. Estratégica, essa perspectiva naturaliza e sustenta os discursos racistas que permeiam a construção de nossas identidades e, por conseguinte, embranquece, tal como manda a hegemonia, grande parte das heranças e discursividades de povos historicamente oprimidos.

Já na visão de Consuelo Neves, na qual define de tal abrangência o colorismo como sendo : Um Termo que foi cunhado em 1982 pela escritora e ativista negra Alice Walker, autora de A Cor Púrpura. A forma como esta manifestação do racismo age é simples; somos avaliados socialmente pela nossa aparência e cor a todo tempo, nossa pele deve corresponder a um determinado status social, quanto mais a pele for clara, maior será a probabilidade de ser aceito.

“Pessoas de pele mais clara desfrutam de privilégios substanciais que ainda são inatingíveis aos seus irmãos e irmãs de pele mais escura. Na verdade, pessoas de pele clara ganham mais dinheiro, frequentam por mais tempo a escola, vivem em bairros melhores e casam-se com pessoas de maior status social do que pessoas de pele mais escura da mesma raça ou etnia.” (HUNTER, MARGARET. The Persistent Problem of Colorism: Skin Tone,Status, and Inequality. Tradução livre) Raça e cor são níveis dentro do sistema de discriminação racial, o primeiro é um conceito subjetivo e muitas vezes controverso; o que sabemos é que ele é aplicado às pessoas não-brancas, pois as brancas atendem à ideia homogênea do ser ideal. O racismo pode ser sofrido por pessoas latinas, asiáticas, já o colorismo é uma manifestação subsequente do racismo caso a pessoa tenha a pele mais escura.

O colorismo também se apresenta como arma do racismo quando lança um véu sobre ele e impede pessoas negras de se enxergarem como tais; subterfúgios são criados para que haja rejeição da visão do negro na própria pele e traços fenotípicos.

Se ver Negra ou Negro é um fator importante para lidarmos com a branquitude e os meios vis que ela atua, porém devemos estar atentas ou atentos para o racismo muito mais gritante, constante e agressivo que negras da pele mais escura passam.

O fenótipo que mais se aproximar da raça negra será aquele mais execrado, o cabelo crespo por exemplo, bate de frente de forma contundente com tudo aquilo que é branco ou embranquecido.

Existem violências raciais que pessoas de pele mais clara jamais sentirão, então reconhecer nosso lugar de luta é fundamental, ao lado de nossas irmãs ou irmãos igualmente negras(os) nossa voz deve fazer um coro uníssono para lidarmos com o inimigo em comum, o racismo.

Fonte : Consuelo Neves & Bianca Gonçalves

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