Forum Angolano de Reflexão e de Acção.
20 Octobre 2015
O Ministério da Indústria tem um programa que prevê a construção, por fases, de 22 Pólos de Desenvolvimento Industrial em todas as províncias do país, iniciativa que vai ajudar a Viareduzir o desemprego, com a criação de inúmeros posto de trabalho.
A informação foi divulgada hoje, em Luanda, pelo secretário de Estado da indústria, Kiala Ngone Gabriel, acrescentando: "Se conseguirmos em 10 anos construir todos estes pólos, ainda que de forma faseada infra-estruturá-las, será muito bom".
A título de exemplo, explicou que neste momento, numa área de 2.345 hectares (caso do pólo de Futila), o sector está a infra-estruturar cerca de 102 hectares, por fases, e quando terminar este pólo, começam as obras num outro pólo a definir.
Trata-se de um programa ambicioso, mais empregador, propício ao surgimento de muitos postos de trabalho, pois vai trazer ao país muitas indústrias, poupar recursos em termos de divisas, promover a exportação e desencorajar a importação, mas de forma competitiva.
"Hoje bem ou mal e com todas as dificuldades, temos áreas e espaços já bem preenchidos com indústrias, incluindo aqueles industriais que com meios próprios tiveram a coragem de se instalarem nos pólos numa altura em que não havia condições", explicou.
Por isso, o governante referiu haver necessidade de se resolver a questão das infra-estruturas básicas, para permitir aos industriais exercerem as suas actividades "Apesar das dificuldades, estamos no bom caminho", sublinhou.
Informou que neste momento o modelo de gestão dos pólos está em discussão e constitui uma grande preocupação do Executivo a sua redinamização e implementação.
Disse ser o caso do Futila (Cabinda), Viana (Luanda), Catumbela (Benguela) e outros que estão a ser criados com condições mínimas de funcionamento em todas as províncias do país.
Neste momento, referiu, o sector está a analisar a situação dos pólos da Caála, do Uíge no município do Negage já lançados, assim como o do Lucala onde já existem áreas definidas, localizadas, e foram já lançadas acções de infra-estruturas e funcionamento, faltando apenas a sua concretização.
De igual modo, sublinhou, para o Soyo e Nbanza Congo estão contemplados dois pólos. O Soyo constitui um caso especial pois nesta área existe petróleo e o gás, enquanto Nbanza Congo constitui uma área que por natureza pode desenvolver outro tipo de actividade industrial.
"O nosso desejo é ter em cada província um pólo de desenvolvimento industrial. É um trabalho que envolve muito dinheiro, por isso vai ser implementado de forma faseada. A nossa luta é conseguir que os novos industriais tenham acesso a infra-estruturas, como energia, água, vias de acesso e financiamentos. Estes são factores de produção determinantes para a instalação de indústrias", sublinhou.
"Podemos dizer que nestes 40 anos o balanço é positivo pelos resultados actuais alcançados", disse.
Entretanto, nos próximos 40 anos Kiala Gabriel disse que gostaria que Angola se tornasse um país exportador, e que os industriais, técnicos e operadores com a sua capacidade pudessem transformar os recursos naturais e acrescentar valor a estes recursos.
Apelou à juventude a dedicar-se ao empreendedorismo, a criatividade, formação de base, a educação para se útil à nação.
Via Angop