Forum Angolano de Reflexão e de Acção.
4 Septembre 2015
É um fenómeno que não é, de todo, novo entre nós
Contudo, transformou-se num dos assuntos do momento, depois de um polémico vídeo publicado nas redes sociais trazer declarações, com contornos raciais, de conhecidos músicos angolanos.
"Escuro, não!" é o teor do vídeo que deu lugar ao também apelidado caso "Paculagem", que consiste em clarear a pele.
Em Angola, a prática de clarear a pele é habitualmente associada a cidadãos de origem da República Democrática do Congo.
A marca "Mekako" popularizou-se entre nós e entrou para o nosso léxico, devido ao uso constante do referido sabonete (adicionado a mais produtos) pelos irmãos do país vizinho, com o propósito de tornar a pele mais clara. Esta prática é vista por muitos como sendo um meio de melhorar a aparência e aumentar a auto-estima.
Entretanto, há quem considere um recurso de subestimação e até de recusa do tom de pele escura. É, de resto, de questões ligadas à auto-estima e raciais que muito se fala actualmente nas redes sociais, sobretudo entre angolanos. O mote destas acesas discussões está num vídeo dos conhecidos músicos Puto Português e Francys Boy.
No vídeo pulicado por Puto Português, os músicos aparecem, descontraídos, a propalar mensagens como: "Escuro, não!", dando azo ao alegado tratamento a que foram submetidos para clarear a pele. O mesmo tratamento a que terão sido submetidos os kuduristas Madruga Yoyo e Própria Lixa, que também não foram poupados da fúria de muitos internautas.
Entretanto, foram as declarações de Puto Português e de Francys Boy que fizeram despoletar uma onda de críticas nas redes sociais, transformando o facto num dos assuntos do momento.
Como forma de protesto à atitude dos músicos, nasceu um outro movimento apelidado por "Escuro, sim!". Várias mensagens agressivas inundaram a conta sobretudo de Puto Português nas redes sociais. Há quem tenha ido mais longe e decidido, inclusive, queimar os CDs do cantor nascido do kuduro, e, consequentemente, desencorajar a presença dos fãs nos espectáculos do artista - esteve no domingo, 16, num lotado show, em Cabo Verde.
"Paculagem", "Mekako", "Mulatagem" são os termos mais utilizados para apelidar o fenómeno, que já levou à reacção de vários extractos da sociedade angolana, casos dos cantores Kizua Gourgel e Anselmo Ralph e ainda do actor Sílvio Nascimento.
A larga maioria atirou-se contra as declarações de Puto Português e Francys Boy e contra a prática de clarear a pele, enquanto uma minoria, ao mesmo tempo que repudia a atitude dos músicos no vídeo, minimiza o recurso do clareamento da pele, considerando-o uma forma compreensiva de melhorar a aparência e a auto-estima.
"Puto Português, acompanhei a tua carreira na Terra Nova com Nacobeta e DJ Znobia. Estou decepcionado contigo... Nunca mais vou comprar um CD teu. A menos que peças desculpas públicas". Esta é uma das muitas mensagens de desabafo dirigidas por internautas ao conhecido cantor.
"Afinal andam mesmo preocupados com os que mudam de cor? Não acredito. Nos anos 80, já o Michael Jackson estava a clarear, mas dançávamos todos ao som das músicas contidas no 'Thriller'. Há os que mudam de cor, os que mudam de sexo, os que aumentam as ancas, os que reduzem a largura das fossas nasais e os que mudam alguma coisa no corpo que lhes reprima a auto-estima. Cada um com os seus complexos e anseios. Se a justiça não tipifica como crime de falsificação de identidade, deixem-nos", defende um outro internauta.
Puto Português: "Tenho errado algumas vezes"
Começado no kuduro e agora virado para o estilo semba, Puto Português é o mais visado do movimento "Escuro, sim!" não tanto por alegadamente ser um dos que recorreu ao fenómeno do clareamento da pele mas, sobretudo, por ter sido um dos protagonistas do polémico vídeo.
Como forma de acalmar os fãs, e não só, da fúria resultante das suas declarações, o cantor aproveitou a sua conta no Facebook para agradecer aos seus admiradores e desabafar que, sendo humano, também falha. "Meus amigos, sempre que tenho uma oportunidade de agradecer a todos pelo carinho não 'mayo' [adormecer ou ficar parado]. Passando para deixar um abraço a todos e o meu muito obrigado por tudo o que têm feito por mim! Tenho errado algumas vezes, pois não sou perfeito. Mas esforço-me a cada dia para ser melhor que ontem", disse.
Num outro vídeo, num tom menos simpático, o músico mostrou-se agastado, ao considerar exagerada e injusta a onda de críticas de que está a ser alvo em função das declarações proferidas no vídeo com Francys Boy: "Se fosse um humorista vocês apenas iriam matar-se de rir, não é? Sou negro e orgulho-me de o ser, mas não me posso calar diante de uma situação como esta", disse o cantor, citado pela Sapo.
Segundo o site, Puto Português ainda deixou um recado para os seus fãs, dizendo que está com a mente limpa e não se sente mal com os rumores, mas não achou certo receber os comentários: "Eu não vou deixar de ser o que sou e espero que vocês me entendam, o resto fica por vossa conta", concluiu.
"Pois, agora justificas como brincadeira, que pouca vergonha na cara. Sê humilde e pede desculpas, tu feriste sensibilidades. Brincadeira ou não, foi de muito mau gosto. Não és humorista; nem que fosses. Para a próxima, limita-te a cantar, que é o teu trabalho e mais nada", responderam, agastados, internautas.
Madruga Yoyo: "Cada um faz o que lhe faz bem"
Madruga Yoyo é uma das figuras públicas acusadas de terem clareado a pele. Em entrevista à Rádio Luanda, o cantor assumiu ter ido ao Brasil fazer a cirurgia que alterou substancialmente a cor da sua pele.
"Isso é uma metamorfose da vida. Cada um faz o que lhe faz bem e o que quer. É uma febre que depois passa e o povo se habitua", justificou o cantor, que procedeu à cirurgia enquanto esteve de férias no Brasil.
"Fui submetido a pequenas cirurgias para ter como resultado final o tom de pele mais clara. Não me sinto mal com os comentários", declarou em entrevista à Rádio Luanda, citado pelo Rede Angola.
"Quem gosta de mim e gosta da minha música tem que entender que eu tenho as minhas decisões, isso não vai mudar nada em mim. Portanto, os noventa ou mil que falam do meu tom de pele não me importa. Fiz porque quis. Não foi nenhum equívoco", rematou o cantor.
"Escravos de si mesmos", diz sociólogo
O sociólogo Carlos da Conceição aconselha os jovens que escolhem mudanças de tom da pele a ter cautela na gestão da "fama", para evitarem desilusões futuras. Para o também pedagogo, os jovens artistas pretendem apenas desviar a atenção para si próprios, mas vai alertando que tais escolhas poderão ter "implicações negativas" nas suas vidas, tendo em conta os diferentes estágios de desenvolvimento da personalidade.
"É preciso repararmos para os estágios dos indivíduos, falo da infância, da adolescência, da vida adulta e da terceira idade ou velhice. Aquilo que o jovem decide fazer agora numa determinada idade poderá, num futuro próximo, ter implicações sociais graves. Você pode clarear a sua pele para chamar à atenção dos seus seguidores e das restantes pessoas, mas após um tempo, isso poderá desaparecer. E depois?", interroga-se o sociólogo.
O especialista em assuntos de comunidades apela aos jovens para a auto-aceitação e a recusarem-se a deixar levar pela vaidade da fama "momentânea". Carlos Conceição entende que a mudança do tom da pele por vários métodos, quer seja pela via medicamentosa ou da operação plástica, muitas vezes também poderá implicar mudança de hábitos e costumes diferentes da comunidade em que estão inseridos.
"O que vemos aqui é apenas vaidade que poderá custar cara. As pessoas devem aceitar-se como elas são e sobretudo quando se está numa actividade que influencia muitos. Somos mais perfeitos quando reais e não adulterados. Quando se muda o tom de pele, no caso de negro para branco, terá também que assumir a cultura do branco. Terá que se encarnar na visão do outro e não na sua. Este processo de aculturação irá chocar com interesses locais. Então, não é só a mudança do tom de pele que está em causa, mas também os hábitos culturais de outros aos quais teremos nos adaptar", observa Carlos da Conceição.
A fonte olha para a situação como prova de um desequilíbrio social dos jovens, baseados na falta de orientação, de auto- -estima e na quebra de valores. "As pessoas não têm orientação, estão desequilibradas, muita delas vêm de estruturas familiares desfeitas e não lhes foi passado o valor da vida. Isto tem a ver com falta de auto-estima, não se valorizam a e acabam por ser escravas de si mesmas" acentua o sociólogo, apelando às figuras públicas a adoptar posturas mais digna em relação à sua realidade.
"Isto é uma auto escravatura, porque o jovem sacrifica a sua pele o seu cabelo e para isso tem de viajar, para fazer operações plásticas e esquece-se que o fenómeno é momentâneo. Os recursos vão escassear e depois vão entrar em estado de conflito. A própria sociedade que um dia os reconheceu também os vai desconhecer. Por isso, é importante que se tenha cuidado com a fama. Quando alguém é famoso deve procurar ser sempre justo com a sua essência e não inventar nada", criticou.
O sociólogo chama à atenção dos "famosos" no sentido de investirem mais nas suas actividades de forma acérrima e racional e não somente na perspectiva do perfil do indivíduo, lembrando, por outro lado que a transformação da pele por que alguns jovens optam hoje poderá ser uma desilusão futura.
"Nascemos com uma estrutura que deve ser mantida, devemos permanecer com ela, em lugar de a alterar. Vem aí a velhice e poderá levar essas pessoas ao isolamento social. Poderão um dia nem ser reconhecidos como o fulano de tal porque estão transfigurados. Por outro lado, os recursos vão escassear e a questão da degradação começará a acontecer, porque você fez aquilo num determinado momento, mas tem implicações sociais graves. Por isso mesmo, mais vale ser como se é do que ter que passar por situações que depois poderá ter custos variados", previu. Por fim, Carlos da Conceição apela aos músicos e a outras figuras públicas a pautarem-se por boas práticas, por forma a se tornarem modelos, exemplos para os fãs, crianças e público em geral.
"Agora todos querem imitar o que é lá de fora. Não temos modelos a seguir aqui dentro do País. Aqueles que deveriam fazer algo em prol da nossa sociedade estão completamente apaixonados pelos modelos de fora. Vivem admirando os outros e acabam sem admiração. Por isso, é preciso ter muito cuidado. Tudo que os artistas fazem, tem influências nos seus seguidores. Aqui estamos em presença de uma imitação social", concluiu.
Psicólogo alerta "Vai haver suicídios"
O psicólogo Paxi Pedro considera doentio o comportamento dos jovens que optam pela coloração da pele. O especialista chama mesmo de atitude "masoquista" a conduta dos artistas que, na sua visão, não só se auto-mutilam, como também "negam a sua própria identidade".
"São indivíduos que gostam de sofrer. Negam não somente a sua pele como, também a sua origem, cultura e identidade. Estamos diante de uma auto-rejeição", reprovou. Paxi Pedro vai além da sua especialidade e faz também uma incursão jurídica, biológica e antropológica sobre o assunto.
O especialista entende que as motivações que levam os jovens a aderir à coloração da pele, estão igualmente relacionadas com a "mediocridade", e a "superficialidade" dos mesmos que a "qualquer custo" desejam possuir um estatuto diferente do que realmente são.
"Estamos claramente perante um comportamento doentio, porque bons, eles não são", disse. No campo jurídico, o interlocutor entende que as instituições do registo civil terão igualmente dificuldades em reconhecer a identidade das pessoas que mudaram do tom da cor da pele.
"Não se pode reconhecer um indivíduo que há seis meses era escuro e hoje é mulato. Os registos civis terão dificuldades de o reconhecer. Aqui estamos a falar de matérias jurídicas do registo civil, precisamente do bilhete de identidade", avisou. Do ponto de vista biológico, o psicólogo olha "para a forma alimentar desregrada" de muitos dos músicos e não só. "Muitos deles não têm uma alimentação regrada. Comem mal, não passam das magogas e tomam os medicamentos para serem mulatos ou brancos. E posteriormente terão as consequências biológicas porque eles têm de ser acompanhados periodicamente pelos médicos", disse.
No que toca à visão antropológica, considera ser "uma vergonha e sinal de ruptura" a nível das próprias famílias. "Qual é a moral que um pai vai ter de proibir uma criança de tomar medicamentos para ser mulata, se não conseguiu travar o irmão mais velho que o fez primeiro? Então, dá origem a uma ruptura familiar. Os conflitos começam. Os filhos que se encontram no terceiro estágio do desenvolvimento psicológico começam a fazer perguntas, do tipo: "como é que o mano é mulato se nós somos escuros"? Será que o pai dele é mulato? São estas implicações que podem levar até a mãe a ficar com vergonha de responder. Estamos diante de choques filosóficos", realçou.
Entende que tal postura pode também desembocar numa dupla personalidade dos indivíduos que se submetem a tais práticas. "O próprio pseudo-mulato porque ele não é original, é uma mascara, submete-se a uma dupla personalidade que funciona na aparição e no comportamento. É claramente uma conduta patológica desviante e de risco", acentuou Paxi. Afirma que os jovens, em particular os artistas que se "auto-mutilam", precisam de um "acompanhamento psicológico" para se evitarem "suicídios" que poderão ser motivados por "remorso comportamental".
"Vamos fazer uma visão futurologista: Daqui a cinco anos, estes indivíduos vão sofrer de remorsos e muitos deles vão começar a suicidar-se por causa do remorso comportamental. Muitos deles sacrificam-se, vendem terrenos para poder viajar e fazer as consultas. Será que terão dinheiro para viajar toda a hora para fazer as consultas? Por isso, precisamos antes de fazer uma terapia mental e muitos deles devem mesmo ser internados para uma lavagem cerebral, porque bons não estão. Estamos perante um comportamento doentio, emocionalmente débil e frágil", diagnosticou o psicólogo.
Tradicionalista Lukombo Nzatuzola: "Devemos orgulhar-nos do que é nosso"
O professor universitário Lukombo Nzatuzola aconselha a juventude angolana a ter orgulho da sua própria identidade. O tradicionalista disse ser uma vaidade ouvir as pessoas a falarem as suas próprias línguas nacionais, sem distinção de cor, raça ou etnia.
"Devemos orgulhar-nos do que é nosso. Seja a nível dos nossos nomes, das nossas línguas, da nossa cor", acentuou. Lukombo chama de despersonalização a escolha dos jovens em relação à mudança do tom da pele, contrastando com a sua realidade.
"Trata-se de uma questão de representação dos mesmos jovens que fazem isto. Eles pensam apenas naquilo que eles têm como valor em termos físicos e não em termos culturais ou espiritual. A nossa identidade tem de partir daquilo que são os nossos valores bantu", realçou.
Lembra que o fenómeno não é novo em África e Angola em particular, mas apela às pessoas, "famosas" e não só, a cultivarem os valores morais que ainda norteiam os angolanos. "Há uma tendência unilateral de acharmos que tudo que nos propõem outras culturas ou a globalização é forçosamente mais valorizante ou superior do que aquilo que detemos. Mas, não é assim. As figuras públicas devem ter a capacidade de dar e receber e ter em conta a educação das pessoas, o meio em que vivem. Portanto, devem ter a capacidade de valorizar o que é seu", finalizou.
Visão médica
A prática do clareamento da pele também mereceu uma abordagem médica por parte da dermatologista Érica Nelumba, que desaconselha o uso de qualquer medicamento para a mudança do tom de pele. A médica, que comentava o assunto esta quarta-feira, no programa 10/12 da Televisão Pública de Angola (TPA), sublinhou que "cientificamente", não existe, "até ao momento", "nenhum medicamento recomendável para o clareamento da pele".
No entanto, alertou os utilizadores de tais medicamentos a terem em conta os efeitos colaterais que os produtos da pele podem provocar na saúde humana. "Até hoje não há nenhum produto que já tenha sido estudado e aprovado para ser utilizado para o clareamento da pele. Há algumas substâncias utilizadas para tratamentos de cancros dermatológicos e que têm efeitos secundários como o clareamento da pele", explicou.
Falando sobre os demais efeitos colaterais que podem advir da transformação da pele, alertou que a coloração da pele pode provocar cancro, bem como a chamada doença ocronose que resulta em manchas escuras na pele. A especialista lembra que biologicamente, a cor negra tem muitas características que a tornam especial, por estar "naturalmente" preparada para a "agressividade, ambiental, como o vento e o sol", explicou, acrescentado que a característica principal da pele negra é conferida pelo seu tom fornecido pela melanina.
"A pele negra é a mais protectora devido à maior quantidade de melanina que ela apresenta, principalmente para nós que vivemos no hemisfério sul, como a África que é um continente quente. Deus é tão sábio que justamente nos deu esta protecção", reconheceu a médica, chamando mais uma vez à atenção dos usuários de produtos sobre o clareamento da pele.
"Devemos ter muito cuidado com aquilo que é novidade e que aparece nos mercados. O clareamento já vem de anos, não é novo", lembrou. Por fim, Erica Nelumba apela às pessoas a aprenderem a aceitar o outro como ele é.
"Acho que devemos aceitar o facto de que cada um é como é. Somos todos diferentes. A pele é um elemento do corpo humano, apresenta várias características relacionadas com as nossas origens genéticas, culturais e regionais. Ela pode exibir várias características como também vários tons", finalizou. No entanto, outras visões médicas sobre o clareamento da pele referem que tais práticas podem causar efeitos colaterais como o já referido cancro da pele e a diabetes, entre outras complicações.
Michael Jackson: "Black or White"
Em 1993, Michael Jackson abriu o jogo ao vivo no programa da apresentadora Oprah Winfrey: Virou branco por causa de um problema de pele. Segundo a revista Superinteressante, o seu dermatologista confirmou: Teria vitiligo - uma doença que ataca as células que produzem o pigmento que dá cor aos humanos. Se a justificação foi verdadeira (no mesmo dia, Jackson disse ter feito apenas duas cirurgias plásticas), não importa.
O facto é que o rei da música Pop mudou de cor. Como é que ele conseguiu isso? Quando o vitiligo se alastra pela maior parte da pele, é um procedimento normal despigmentar as áreas que ainda permanecem intactas. Para isso, há dois tratamentos médicos eficientes: Com laser e com hidroquinona, usado por Jackson, segundo o seu biógrafo Randy Taraborrelli.
"Não vou passar a vida sendo uma cor", diz a letra de Black or White. A hidroquinona - um composto orgânico usado na revelação de fotos - destrói a nossa capacidade de produzir melanina, causando um clareamento irreversível. Ainda se discute se a substância causa cancro nos humanos, mas o certo é que a despigmentação tira uma das protecções contra os raios ultravioleta - uma das razões por que Jackson vivia sob sombrinhas, popularmente chamadas de guardas- chuva.
Para piorar, os resultados têm sido, muitas vezes, diferentes em cada parte do corpo, afirma Meire Brasil Parada, professora de dermatologia da Unifesp, citada pela revista Superinteressante. Assim, isso explicaria a predilecção do astro por maquilhagem e luvas.
Via NJ